domingo, 21 de outubro de 2012

Quando se corre o risco de perder é que se valoriza a vida!


    Descobri o meu câncer de tireóide, fazendo exames de rotina solicitados pelo meu clínico geral. Ele  foi um anjo em minha vida, pois foi apalpando meu pescoço em busca de nódulos que descobrimos a doença à tempo. Nunca tive medo de morrer, sempre pensei em como deveria ser a vida após a morte, porque acredito que além dessa vida, exista outra muito melhor.

    Esses dias conversando com minha cabeileireira, chegamos à mesma conclusão... Antigamente eram os mais velhos que tinham esse tipo de doença. Hoje, pessoas de todas as idades,  qualquer raça, credo ou a posição social que ocupam podem vir a tê-la. Bom, mas você deve estar se perguntando: "_Onde ela quer chegar falando o que eu já sei?" 

 Eu sempre fui muito correta, priorizei meu caráter, nunca fiz mau a ninguém e nem quis tirar proveito de nada que não fosse meu. Sempre tentei andar na linha, como DEUS deseja, tenho minha fé, sou muito família e muito fiel aos meus princípios. Sempre correndo atrás da máquina, como dizia meu maninho Álvaro, que perdi muito cedo... Moro longe de meus pais, são mais de mil quilômetros até Alegrete e sinto muitas saudades deles, da minha família toda, da minha vó que já está tão velhinha e da outra que já perdi e nem para o enterro eu pude ir.

    A vida é muito curta, pra nos preocuparmos tanto, com dinheiro, em ter isso, em conseguir aquilo em ser o melhor, em ter o melhor. O que impressiona é que eu sempre pensei assim e a correria da vida me fez tomar outro rumo, em esquecer de ligar para os meus pais todos os dias, como eu sempre fazia. 

Chega de me preocupar!! As contas vão chegar, eu vou querer comprar algo e talvez não tenha dinheiro. Mas do que isso importa? Não vou levar nada dessa vida. Eu quero curtir a minha velhice  e deixo aqui a minha vaidade de lado. Eu quero viver e ter meus filhos, ser vovó e ver as mudanças do mundo, da terra do ser - humano...

    Só DEUS sabe o meu destino, e eu confio nele e vou parar de correr tanto atrás do que é fútil e vou me entregar mais à vida, mais ao amor, mais ao meu amor. Eu sempre pensei assim, somente me esqueci momentaneamente e essa doença me fez lembrar da minha essência, dos meus valores e do que realmente importa! 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Eu amo...

    Eu amo estar em Alegrete, minha terra natal, onde cresci e tive pais maravilhosos que me proporcionaram a melhor infância de minha vida!!Sabia o que era amar a natureza, brincar de jogar bola com os meninos da minha rua, onde eu podia dormir na casa da minha melhor amiga Josiele sem ter medo de nada.

    Eu lembro que todo sábado lá em casa era dia de ir ao supermercado... Meu pai sempre que podia me dava uma boneca e eu brigava com a minha mãe, porque meu pai, pra me fazer ciúmes, brincava com a moça do caixa e eu ficava pra morrer!!

    Eu tomava banho de chuva, ficava até tarde na rua admirando as estrelas com meus vizinhos e meu mano Álvaro, contando estórias que só crianças tão inocentes como nós acreditavam.
    Eu fazia de conta que era dona de casa, tinha filhos (minhas bonecas) e meu marido, era meu irmão caçula, que fazia tudo que eu pedia, de uma inocência que eu admirava!!

    Eu sempre ia na feirinha na frente de casa, ou quando estava com preguiça,  pedia ao meu irmão que fosse pormim, em troca de alguns doces, onde o nosso preferido era sorvete de maria mole, com um balão grudado na ponta.

    Foi uma vida maravilhosa, pena que a gente cresce! Eu jamais queria crescer. Almejava ser criança pra toda a vida e  ficar do lado do meu maior amor do mundo, que é meu pai!
  
    E pra aprender a andar de bicicleta então?! Nossa! Foi uma época em que eu  não tinha joelhos, só feridas de tanto cair nas pedras enormes que tinha na minha rua.
Eu nunca vou esquecer tudo o que eu vivi e tenho orgulho de onde vim, pois o que sou hoje, meu caráter e meu coração definem a educação que eu tive e  agradeço aos pais maravilhosos que DEUS me deu!
                   Pai, Mãe, eu amo vocês de todo o meu coração e para todo o sempre!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Alma inquieta

É uma mistura de tudo, sentimentos bons e maus...
Tenho medo e às vezes, coragem;
Tenho muita fé e às vezes, nenhuma;
Fico carente e às vezes, me sinto auto-suficiente;
Sinto força e ao mesmo tempo, tão fraca;
Acredito, e minutos depois, já não quero acreditar;
Meu sorriso têm sido "amarelo", pois a vontade que tenho é de chorar!
Sou tão vaidosa, mas me sinto suja...
Sou tão alegre, mas tenho ficado mais triste.
Tenho apoio, mas tenho me sentido tão sozinha nessa!
Meus sonhos têm sido pesadelos e eu quero acordar!
Eu, que sempre quis saber do outro lado, agora quero é ficar...
Boa noite!!